A Somar – Sociedade Mineradora, em 2010, despontou em primeiro lugar no segmento de mineração de areia no Brasil, segundo o ranking das 200 maiores minas brasileiras, elaborado por uma das principais revistas especializadas do setor, a Minérios e Minerales. Atualmente, a empresa é dirigida pela segunda geração da família, tendo como diretora-executiva a filha de um dos fundadores, Veronica Della Mea.

Fundada em 1976, a Somar, no aguardo do processamento dos seus títulos de lavra, somente iniciou suas atividades em 1984. ””Desde o início sua trajetória ficou marcada pelo pioneirismo, pela sustentabilidade ambiental e pela inovação tecnológica no setor de mineração de areia””, destaca Veronica.

A empresária explica que foi a partir do primeiro desmembramento vertical do Brasil, ou seja, a separação de jazidas, que a Somar recebeu do Ministério de Minas e Energia 14 Portarias de Lavra que lhe conferiram o direito e a responsabilidade de atuar no aproveitamento do mineral areia. ””Estas 14 Portarias de Lavra foram unidas nos únicos três Grupamentos Mineiros que existem no estado do Rio Grande do Sul no setor da areia””, prossegue a dirigente.

Antes da criação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Somar apresentou o primeiro Plano de Controle Ambiental (PCA) – a então Secretaria de Saúde e do Meio Ambiente. Em 1994, criada a Fepam, realizou estudos que lhe permitiram receber as primeiras Licenças de Operação, sistematicamente renovadas até hoje.

Responsável pela extração de areia num jazimento mineral de 22 quilômetros contínuos no leito do baixo rio Jacuí, no trecho entre os municípios de Charqueadas, São Jerônimo e Triunfo, a Somar atende ao mercado com uma produção de 1,5 milhâo de metros cúbicos de areia anuais, utilizados para abastecer o setor da construção civil na Região Metropolitana.

No desenvolvimento de suas operações, utiliza dois tipos de equipamentos:
a draga de sucção, que é móvel, autocarregável e autodescarregável, e a draga de rosário, que é fixa na área de extração. ””Ao longo do tempo, a Somar consolidou uma gestão que prioriza tecnologia de ponta, monitoramento permanentemente de suas atividades e a preservação do meio ambiente””, salienta.

Ela explica que a Somar foi a primeira empresa do Brasil, do seu setor, a implantar, em 2008, o uso de GPS em todas as dragas que operam em sua jazida, possibilitando que as operações fossem monitoradas 24 horas por dia pela Fepam e outros órgãos governamentais e permitindo que remotamente as atividades fossem suspensas em caso de irregularidade.

””Além do monitoramento via GPS nas dragas, a Somar mantém desde o início de suas atividades, em agosto de 1984, equipes de fiscalização 24 horas por dia. Eles estão prontos para garantir que não hajam irregularidades na área de mineração. Com periodicidade e horários alternados , os fiscais da Somar vistoriam as dragas e verificam itens como funcionamento dos GPS, equipamentos de segurança (coletes salva vidas, boias circulares, materiais de primeiros socorros, equipamentos individuais de proteção) e documentação exigida pelos órgãos fiscalizadores. São eles, também, os responsáveis pelo início e término diário das operações de dragagem, respeitando os horários determinados pelo órgão ambiental””, acrescenta.

De acordo com Veronica, a empresa também acompanha a preservação da vegetação nas margens da área em que minera no baixo rio Jacuí. Verifica igualmente a qualidade da água do rio, sua vazão e velocidade, precedendo periodicamente na prática de levantamentos batimétricos (que consistem na principal tarefa de um levantamento hidrográfico), análises granulométricas, controle de erosão, levantamentos aerofotogramétricos e implantação de vegetação nativa. A empresária salienta que a Somar, ao longo dos 26 anos, nunca foi notificada, autuada ou multada por dano ambiental.

Por: Osni Machado

Fonte: Jornal do Comércio

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